Toda e qualquer situação que limite as possibilidades de movimento de um ser humano, compromete da mesma forma seu acesso as mais importantes formas de cidadania, uma vez que um indivíduo que não dispõe de meios para usufruir plenamente de seus direitos e deveres por qualquer tipo de limitação, compromete também, seu exercício de cidadania.
Com base nestes princípios, compreendem-se as tecnologias assistivas como meio de resgate das mais simples formas de independência, pois através de instrumentos, em muitos casos simples, se devolve a indivíduos limitados em suas ações, o direito de individualidade e de independência.
Desta forma, pessoas fadadas a viver sem acesso ao aprendizado, podem, por meio desses recursos tecnológicos, passar a conhecer um universo de novos conhecimentos; outras sem perspectivas de locomoção através desses instrumentos tornam-se independentes sob vários aspectos.
Neste sentido, compreende-se as diversas formas de tecnologias assistivas, como um grande aliado na melhoria da qualidade de vida de pessoas com diversas formas de limitações e conseqüentemente, como uma conquista no direito ao exercício pleno das mais variadas formas de cidadania.
É cada vez mais freqüente o uso de novas tecnologias aplicadas à nossa vida cotidiana. Elas se transformam e se aprimoram com tamanha rapidez e a forma de agir de seus membros também se modifique para que estes se adaptem a um contexto.
Quem pode negar a economia de tempo quando utilizamos o fax para transmitir uma mensagem, ou mesmo, o telefone para uma comunicação de urgência? São tantas as novidades desde o início deste século que se torna difícil numerá-las: telefone, fax, telégrafo, aparelhos eletrodomésticos que facilitam a vida da dona-de-casa, máquinas industriais, que são capazes de realizar o trabalho antes feito por vários homens, e, por fim, a grande estrela de todas, o computador, que permite o armazenamento de informações de maneira precisa e auxilia praticamente todos os setores da vida moderna.
Não podemos deixar de destacar a importância da tecnologia aplicada à educação, pois é através dela que as informações fluem com maior velocidade. Os softwares, juntamente com o professor, ajudam o aluno não só a participar do processo educativo, como, também, a construir seus conhecimentos deixando de trabalhar com base em esquemas já elaborados. Para tanto, deve-se privilegiar programas de planejamento e capacitação visando os educadores, não sendo necessária a intervenção de “especialistas”.
O papel atual do educador não é o de transmitir informações, mas sim, o de orientar o aluno e servir como mediador, permitido um melhor aproveitamento das suas potencialidades.
A Internet surge como um veículo difusor de informações vindas de todas as partes do mundo, facilitando o acesso a culturas diversificadas e promovendo uma maior interação do aluno com o mundo que o cerca.
Atualmente, a “sala-de-aula” não se reduz a um determinado campo físico, ela se estendeu e venceu distâncias com o uso das novas tecnologias. A televisão por exemplo, através de programas como o Telecurso, permitem que a educação chegue a lugares de difícil acesso, fazendo com que as pessoas tenham o direito de se tornar verdadeiros cidadãos.
A nova sociedade emergente, procura homens criativos, críticos e capazes de direcionarsuas ações de acordo com o ritmo em que as mudanças ocorrem.
“A tecnologia do amanhã requer não milhões de homens levemente alfabetizados prontos para trabalhar em uníssono em tarefas infinitamente repetitivas, nem homens que recebem ordens sem piscar, conscientes de que o pão se consegue com a submissão mecânica à autoridade, mas sim de homens que possam fazer julgamentos críticos, que possam abrir caminho através dos ambientes novos, que sejam rápidos na identificação de novos relacionamentos numa sociedade em rápida mutação" (Toffler 1970: 323-4)
"Tecnologia Assistiva é um termo ainda novo, utilizado para identificar todo arsenal de recursos e serviços que contribuem para proporcionar ou ampliar habilidades funcionais de pessoas com deficiência e conseqüentemente promover vida independente e inclusão.
No escopo da informática, são todos os artefatos que auxiliam, de alguma forma, as pessoas com algum tipo de necessidade, seja ela física, mental, ambiental, etc. As tecnologias assistivas podem ser tanto hardware (ex.: impressora Braille, linhas Braille, apontadores) como software (ex.: leitores de telas, ampliadores de telas, navegadores textuais, barras de acessibilidade com ajustes de tamanho de texto e contraste).
A Tecnologia Assistiva oferece ao sujeito alvo maior autonomia e independência além de preconizar a inclusão social, surge da necessidade de ampliar a inserção social de crianças, adolescentes, adultos e idosos no sistema escolar, no trabalho, no lazer e na comunidade onde vivem."
As tecnologias assistivas são recursos que proporcionam acessibilidade a pessoas com necessidades especiais.
Eles facilitam na locomoção, nas atividades de pessoas com deficiência motora tornando menos limitado o dia-a-dia dessas pessoas.
O interessante dessas tecnologias assistivas é que não é preciso os materiais serem extremamente bem elaborados para serem considerados como tais, basta que auxiliem a pessoa a executar alguma ação.
Pode-se perceber que as tecnologias atuais servem também para dar qualidade de vida e comodidade à pessoas com necessidades especiais melhorando sua interação na sociedade e possibilitando assim o acesso à cidadania.
Por Leide Silva, Josiane Pantoja, Renilce Pereira, Thayná Costa, Uara Aires e Rilton Nobrega.